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Cledi Oliveira da ESPN


Clédimel Pereira de Oliveira,nasceu em família simples e muito pobre, com poucos recursos.

Uma história de vida que não é diferente da de milhões de brasileiros.


Herdou a resiliência da descendência:a mistura de índia e negro/escravo por parte dos avós paternos e espanhol e italiano dos avós maternos.

Clédimel conviveu com as dificuldades comuns para uma criança da zona rural no interior de São Paulo.


Nasceu em São Geraldo do Baixio,interior de Minas. Com um ano mudou-se com a família para a Fazenda Palmeiras em Tupã.Um ano mais tarde foram para a granja Shida,na sessão Fartura em Bastos . Lá,viveu até os 15 anos.

A família sempre foi da roça,trabalhadores do campo.Toda infância e adolescência trabalhou ajudando os pais ,ou no cabo da enxada,ou arruando café,colhendo amendoim,ensacando esterco de galinha ,catando ovos.


Para aprender as primeiras letras , o pequeno Clédimel rompia no pé oito quilômetros para chegar à escola da sessão Fartura e mais outros oito na volta à casa de taipa e chão de terra batida onde morava. E,mais tarde ,para estudar o Ginasial,na cidade de Bastos a distância era bem maior.Mas,que não era impedimento para ir e voltar à noite a pé.


Distante do conforto da eletricidade ,o grande companheiro à época era o radinho de pilha,ferramenta fundamental para a que o menino imaginasse o mundo que para ele era tão desconhecido. Logo foi picado pela mosquinha do rádio e pôs na cabeça o maior objetivo da vida: tornar-se locutor de rádio.


Pelas ondas curtas ,acalentava o sonho ouvindo jogos narrados por monstros sagrados como Fiori Gigliotti, Pedro Luiz, entre outros. Se encantava com aquela arte de dar vida aos jogos de futebol, tão distantes daquele mundo rural.


O nome Clédimel, de origem indígena ,o acompanhou por muito tempo,até mesmo nos primeiros anos no rádio. Aos 16 anos, já sem o pai e os irmãos se mudou com a mãe Laurita para Tupã.

E lá batia nas portas das rádios Clube e Piratininga para conhecer os donos das vozes que ecoavam no aparelhinho. E aproveitava para pedir uma chance de ser locutor.


Rapidamente dois anos se passaram e aos 18 o grande momento da vida chegou.

Com as visitas as rádios ganhou a amizade do brilhante operador, o saudoso J.Santos,que conseguiu uma oportunidade na Rádio Clube de Mirandópolis. Lá, apresentava um programa musical noturno. Mas,ainda assim não era o que sonhava. A grande utopia era ser narrador de futebol. Mais seis meses de espera.


O ano era 1982

Numa noite de sexta feira o telefone do estúdio tocou. Ele atendeu. E do outro lado, Wanderley Garcia, dono da Rádio Cultura de Jales o chamou para narrar, no domingo, um jogo entre Guararapes e Jalesense.

Clédimel Oliveira deu graças a Deus que o pau quebrou e o jogo foi encerrado aos 31 minutos do primeiro tempo. Ele disse que o nervosismo e a falta de técnica, à época, provavelmente o impediriam de chegar ao final da transmissão.


Na semana seguinte veio o chamado, para começar a realizar o seu sonho. Se mudou para Jales Narrou na Rádio Cultura por seis meses.

No começo de 83 foi para Votuporanga. Primeiro um teste na Rádio Clube e um mês depois a contratação pela Rádio 8 de Agosto, que viraria Rádio Cidade.


Em 1986, indicado pelo Antônio Édson chegou ao seu seu maior ídolo; Osmar Santos. Que mudou o seu nome artístico.Viraria Cledi Oliveira.

com ele trabalhou na Rádio Globo, Rádio Record, TV Manchete. Foi chefe de esportes da Rádio Gazeta. Entre idas e vindas para a política, na assessoria do Dante de Oliveira e Antero Paes de Barros em Brasília e Mato Grosso, e também no rodeio com os Independentes de Barretos, o tempo avançou até 1998.

E lá se vão 25 anos, de janeiro daquele ano até hoje, trabalhando na ESPN.


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